A Tireoidectomia, cirurgia para a remoção da glândula tireoide, existe há muitos anos e foi evoluindo com a tecnologia e avanço da medicina.
A tireoidectomia é o tipo de cirurgia mais comum para a remoção da glândula tireoide. É importante lembrar que há dois tipos de cirurgia: quando a glândula tireoide é totalmente removida denominada tireoidectomia total e quando a glândula tireoide é removida parcialmente, chamada tireoidectomia parcial.
Em ambas ocasiões, foi possível acompanhar mudanças nas técnicas e resultados, em razão do avanço dos estudos da medicina e da tecnologia utilizada nas cirurgias, garantindo um resultado cada vez melhor e uma intervenção cada vez menos invasiva e agressiva ao paciente.
UM POUCO SOBRE A HISTÓRIA:
Um artigo publicado na Revista Brasileira de Cirurgias de Cabeça e Pescoço [v.37/nº4] conta sobre os primeiros registros históricos da tireoidectomia:
- É atribuída a Paulus a primeira tentativa de remoção de um bócio por volta do ano Mil antes de Cristo;
- No século 5 depois de Cristo houve um novo registro de tireoidectomia, mas sem sucesso;
- Por volta dos do ano 600 depois de Cristo registrou-se que um médico muçulmano, chamado Albucasis, conduziu um procedimento de remoção da glândula tireoide com sucesso, embora sem protocolo;
- No século 12 na Itália, surgiram outras experiências, como a extração da tireoide com ferro em brasa, sem anestesia;
- A primeira cirurgia para retirada da glândula com bisturi aconteceu em 1646;
- Até o ano de 1850 foram registradas na literatura médica mundial somente 70 tireoidectomias, com uma taxa de mortalidade de 41%.
OS AVANÇOS E SEUS RESPONSÁVEIS:
Os avanços nesse tipo de cirurgia são atribuídos a sete especialistas e estudiosos, que são chamados de ‘Sete magníficos da tireoidectomia’. São eles:
- Theodor Billroth;
- William Halsted;
- Charles Mayo;
- George Crile;
- Frank Lahey;
- Thomas Dunhill;
- Emil Theodor Kocher.
Destes nomes em destaque, ainda vale ressaltar a contribuição científica de Kocher com o entendimento e a definição de protocolos para as tireoidectomias, que são referências até hoje e que lhe concedeu o prêmio Nobel de Medicina, em 1909.
Atualmente, diante de toda evolução e tecnologia utilizada nas cirurgias, as complicações decorrentes da tireoidectomia são muito raras e a taxa de mortalidade irrisória. Em geral, os pacientes apresentam uma recuperação muito boa após o procedimento, e a alta hospitalar pode ser dada até mesmo no dia seguinte.
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