De acordo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), a cada ano, são diagnosticados 43 mil novos casos de cânceres que envolvem as regiões da cabeça e pescoço. A situação complexa e agressiva da doença exige investimentos em pesquisas e tratamentos avançados.
A imunoterapia trouxe uma nova e interessante perspectiva, tornando-se uma realidade contra a doença. O estudo KEYNOTE-048, publicado na revista The Lancet, em 2019, demonstrou que o uso da imunoterapia em pacientes com cânceres recidivados ou metastáticos de cabeça e pescoço melhorou a sobrevida dos pacientes.
Veja a seguir tudo o que você precisa saber sobre o assunto:
O QUE É A IMUNOTERAPIA E COMO FUNCIONA?
As primeiras pesquisas sobre a imunoterapia datam de 1881, mais de um século atrás, utilizando bactérias para estimular as defesas do corpo a responderem a um tecido com câncer.
A imunoterapia é um tipo de tratamento biológico que tem o objetivo de potencializar o sistema imunológico de maneira que este possa combater infecções e outras doenças como o câncer.
A imunoterapia em câncer de cabeça e pescoço é um tipo de tratamento promissor recentemente aprovado para ser realizado no Brasil.
Ela atua diretamente nas células imunes, fazendo com que elas sejam capazes de combater o câncer. É um tratamento com grande potencial de eficácia e ainda com menores efeitos colaterais, sendo indicado nos casos de tumores avançados e recidivados.
Os imunoterápicos buscam bloquear os fatores que inibem o sistema imunológico de reconhecer o câncer como algo estranho e aumentam a resposta imune.
O tratamento com imunoterapia não é indicado para todos os casos de câncer de cabeça e pescoço. Por isso, é de extrema importância contar com a equipe médica que poderá avaliar qual a melhor alternativa para cada caso.
QUAL A DIFERENÇA ENTRE IMUNOTERAPIA, QUIMIOTERAPIA E TERAPIA-ALVO?
A imunoterapia comporta-se de forma distinta daquela promovida por qualquer outro tipo de tratamento oncológico. Ao passo que os mecanismos de ação contra o tumor oferecidos pela quimioterapia e pelos remédios de alvos moleculares fundamentam-se em atacar as células tumorais diretamente, a imunoterapia auxilia o próprio sistema imunológico do paciente a identificar e combater o câncer.
TODOS OS TIPOS DE CÂNCER SÃO TRATADOS COM IMUNOTERAPIA?
A imunoterapia não se aplica a todos os casos. A indicação tem relação com tipo de tumor e a fase do tratamento em que o paciente se encontra. Atualmente, no Brasil, existem medicamentos imunoterápicos aprovados para certos tipos de câncer de pulmão, bexiga, rim, estômago, cabeça e pescoço, melanoma e alguns subtipos de cânceres de mama e pele.
QUAIS AS FORMAS DE ADMINISTRAÇÃO DOS IMUNOTERÁPICOS?
A administração vai depender do tipo de imunoterapia. Contudo, as maneiras mais comuns de aplicação são:
- Subcutânea: por injeção no tecido subcutâneo;
- Intravenosa: por injeção no tecido subcutâneo.
QUAIS SÃO OS EFEITOS COLATERAIS?
A imunoterapia é um tratamento com menor impacto na qualidade de vida do paciente, pois os efeitos colaterais costumam ser menores que aqueles sentidos na quimioterapia convencional.
Os sintomas mais frequentes são:
- Falta de disposição;
- Manchas na pele;
- Coceira;
- Diarreia.
A imunoterapia não provoca efeitos colaterais na produção de glóbulos brancos. Desse modo, o risco de infecção e internação é significativamente menor.
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