Hoje não há campanhas de saúde pública alertando sobre os fatores de risco e prevenção da doença, infelizmente, pois é uma doença com incidência em ascensão.
O câncer de cabeça pescoço, de forma genérica, é qualquer neoplasia que atinge a mucosa da via aerodigestiva superior – compreendida pela boca, faringe e laringe.
Parece complicado, não é?
Esclarecendo: São tumores que acometem a cavidade nasal, nasofaringe, a cavidade oral, a orofaringe, a laringe e a hipofaringe.
Excluindo-se a glândula tireoide, 80% dos cânceres de cabeça e pescoço acontecem na mucosa da faringe (orofaringe, hipofaringe e nasofaringe), cavidade oral e laringe. Dentre estes, o mais comum é na cavidade oral.
É possível prevenir o câncer?
É possível, sim, prevenir o câncer de cabeça e pescoço assim como diagnosticá-lo precocemente. Porém, no Brasil, ainda estamos muito distantes de praticar a prevenção primária e secundária dessa neoplasia, e o resultado é um imenso número de diagnósticos em estágios avançados.
Prevenção primária passa, impreterivelmente, por não fumar, não consumir bebidas alcoólicas em excesso e praticar sexo oral sem proteção, além de manter hábitos saudáveis de higiene bucal, com visitas regulares ao dentista – o que pode propiciar diagnósticos em estágios mais iniciais.
O Instituto Nacional do Câncer, escreveu 12 dicas para a prevenção eficaz contra o câncer, confira clicando aqui.
Desafios no Brasil
Mas será que a população brasileira é alertada sobre isso? Certamente não! Há pouco conhecimento sobre os fatores de risco e formas de prevenção desta neoplasia. Infelizmente, o brasileiro conhece muito pouco sobre os cânceres mais incidentes. Que dirá dos cânceres pouco frequentes? Esse alerta exige um esforço conjunto, de saúde pública, profissionais da saúde, entidades sem fins lucrativos etc. Exige, também, que se rompa com os apelos tão fortes da indústria do álcool, como fizemos outrora com a de tabaco.
A cada 4 diagnósticos de câncer de cabeça e pescoço, 3 são em estágios avançados, quando as chances de cura da doença são pequenas e há grande possibilidade de mutilação e sofrimento dos pacientes.
Algumas razões são determinantes para este quadro: o fato da doença ser assintomática nos estágios mais iniciais, de pacientes negligenciarem os primeiros sintomas e de profissionais que geralmente têm o primeiro contato com o paciente não estarem aptos a identificar a doença.
Fique atento!
Feridas na cavidade oral, rouquidão e dificuldade de engolir persistentes por mais de 15 dias, principalmente em indivíduos com mais de 40 anos, devem ser sinais de alerta.
Qualquer suspeita indicada pelo surgimento de sintomas, procure imediatamente o especialista para iniciar o tratamento.
Não deixe a sua vida para depois!
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